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Cláudio Henriques em entrevista: “Inquietação 2.0” é uma reflexão sobre o caminho que a Humanidade pode levar, uma reflexão sobre o que é a Liberdade, o que é ser livre!

Nos próximos dias 5 e 6 de Abril, tal como o Ardina do Alentejo oportunamente noticiou aqui, o Colectivo Cultura Alentejo (CCA) apresenta, no palco do centenário Teatro Bernardim Ribeiro, em Estremoz, a sua mais recente produção, “Inquietação 2.0“, que está integrada no programa comemorativo “50 anos em Liberdade: Comemorações do 50º aniversário da Revolução de Abril de 1974”.

No dia em que se comemora o Dia Mundial do Teatro, quisemos saber mais sobre este espectáculo que promete esgotar o Teatro Bernardim Ribeiro, mas também sobre o actual estado do teatro em Portugal e sobre os projectos que estão na calha da companhia residente da mais emblemática sala de espectáculos estremocense.

Estivemos à conversa com Cláudio Henriques, actor e encenador do Colectivo Cultura Alentejo.

Ardina do Alentejo – O espectáculo “Inquietação 2.0” está integrado nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril. Quem se deslocar ao Teatro Bernardim Ribeiro, nos dias 5 e 6 de Abril, o que é que pode esperar?

Cláudio Henriques – Pode esperar algo muito diferente do que seria de esperar. Esta frase pode parecer estranha a quem nos ler, mas será mesmo isso. Enquanto Colectivo, abordámos as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril com a vontade de criar um espectáculo que não fosse mais uma das muitas recriações que existem do período ditatorial em Portugal e dos próprios acontecimentos do 25 de Abril, porque existem muitas e boas e nunca são demais como é óbvio, mas queríamos promover uma reflexão sobre o caminho que a Humanidade pode levar, uma reflexão sobre o que é a Liberdade, o que é ser livre, num futuro não muito longínquo, e no caso deste espectáculo numa realidade que acontece em 2124, daqui a cem anos, onde o mundo será diferente, quais serão os novos desafios.

Com este espectáculo procuramos levantar este questionamento ao público. Claro que as referências ao passado estão muitas vezes presentes, e são o fio condutor de toda a narrativa. Considero que é um espectáculo com momentos muito bonitos, poéticos e intensos! Espero que o público compareça para ver o que preparámos a pensar neles! Juntem-se a nós nesta celebração da Liberdade. Temos a obrigação de manter a memória viva e de nos mantermos alerta para o futuro.

Ardina do Alentejo – Em Dia Mundial do Teatro, que balanço fazes da actividade do CCA, e do teatro em si, no geral…

Cláudio Henriques – Estou muito feliz com o projecto CCA. Em três anos de actividade artística já realizámos inúmeros espectáculos para todos os públicos, com uma identidade cada vez mais clara, de acordo com os valores e papel que acreditamos que o Teatro deve ter, de abertura à comunidade, de integração.

Temos um orgulho imenso em termos hoje em dia crianças e adultos a participar não só enquanto público, mas também como alunos nas nossas residências artísticas, Oficina de Teatro e leituras encenadas, como é o caso do Passa-Palavra. Neste momento, e passados três anos, são muitas as pessoas a gravitar à volta do Colectivo Cultura Alentejo e que muito contribuem para que exista este trabalho através do Teatro para a comunidade, e não falo só de actores, equipas técnicas, falo também dos alunos, do público, do trabalho da Cultura por parte do Município de Estremoz. Todos estes elementos são fundamentais para a existência de condições de trabalho nesta área, e que está a ser feito e consolidado em Estremoz, e do qual todos nós, nos devemos orgulhar.

Ardina do Alentejo – O que pode o público esperar ainda do CCA para o ano de 2024?

Cláudio Henriques – Estreamos agora, dias 5 e 6 de Abril, a nossa nova criação, “Inquietação 2.0”. Em paralelo, e até Novembro, temos a nossa Oficina de Teatro a acontecer, com 73 inscritos neste momento.

Teremos ainda uma Residência Artística em Maio, e teremos digressão com este novo espectáculo.

Neste momento, e passados três anos, são muitas as pessoas a gravitar à volta do Colectivo Cultura Alentejo e que muito contribuem para que exista este trabalho através do Teatro para a comunidade, e não falo só de actores, equipas técnicas, falo também dos alunos, do público, do trabalho da Cultura por parte do Município de Estremoz.

Cláudio Henriques, actor e encenador do Colectivo Cultura Alentejo

Também em Maio teremos as nossas aulas de Teatro a acontecer nas Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC’s) das escolas, assim como o Laboratório Teatral, conduzido pela actriz Maria Toureiro, todas as quartas-feiras, na Escola Secundária Rainha Santa Isabel.

Teremos as nossas leituras no Dia Mundial da Criança e ainda o ATL da Câmara Municipal de Estremoz, das Férias de Verão, onde temos participado todos os anos.

Teremos ainda mais um espectáculo que irá estrear no fim do mês de Setembro e outro que estreará em Dezembro, destinado a toda a comunidade escolar. Vai ser um ano intenso de actividade, felizmente, como aconteceu nos dois anteriores.

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