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Quer dormir mais uma hora? Então atrase o seu relógio na madrugada de sábado para domingo

Relógios atrasam uma hora na madrugada de Sábado para Domingo, iniciando-se desta forma o chamado Horário de Inverno. Assim, quando forem 2 horas em Portugal Continental e no arquipélago da Madeira, os ponteiros recuam uma hora e passa a ser 1 hora.

Quando for 1 hora no arquipélago dos Açores, os relógios atrasam os mesmos 60 minutos e passa a ser meia-noite.

A Hora de Inverno manter-se-á até à madrugada de 31 de Março de 2024, altura em que os relógios voltam a ser adiantados 60 minutos, entrando-se na denominada Hora de Verão.

As mudanças de hora, descritas no portal do Observatório Astronómico de Lisboa (OAL), entidade que regula a hora legal portuguesa, estão definidas por legislação nacional e comunitária e acontecem no último Domingo de Outubro (hora de Inverno) e no último Domingo de Março (hora de Verão).

Mas porque é que a hora muda?

A génese está relacionada com a poupança de energia mas hoje já não há grandes poupanças, trata-se de uma questão de comodidade”, afirma o director do OAL, Rui Agostinho, acrescentando que “as pessoas reajustam a sua actividade à hora do Sol mesmo que o relógio marque uma hora diferente”. Ganha-se uma hora de sono e diz-nos o director do OAL que o nosso corpo precisa de cerca de um dia para se reajustar mas “cada caso é um caso”.

Esta medida surgiu “na altura da Primeira Guerra Mundial, numa época em que o consumo energético teve de ser redireccionado para o consumo de guerra e a população civil sentiu restrições no aquecimento e na iluminação”, refere o director do OAL –  “Daylight Saving Time” é o nome original atribuído a esta mudança de horário. Entre as pessoas que sugeriram esta mudança de horário estão Benjamin Franklin, nos EUAWilliam Willett, no Reino Unido, e George Vernon, na Nova Zelândia. A medida era aplicada de forma a poder poupar carvão, velas e ajustar os horários de forma a conseguir obter mais luz solar e mais temperatura.

É uma escolha civil que a sociedade acha benéfica”, afirma Rui Agostinho, explicando que antes da União Europeia cada país tinha autonomia para escolher se mudava a hora e quando o fazia, o que gerava alguns problemas de logística. Assim, criou-se uma legislação europeia, reavaliada de cinco em cinco anos, de modo a “harmonizar” este problema, fazendo com que todos os países sejam obrigados a mudar a sua hora “no mesmo dia e no mesmo instante”. Na Europa só a Arménia, a Bielorrússia, a Geórgia e a Rússia não alteram os seus relógios.

A não ser por “questões emocionais britânicas”, brinca Rui Agostinho, a GMT (tempo médio de Greenwich) já não existe. O fuso de horário de referência é o UTC – o tempo universal coordenado – que corresponde à hora atómica, isto é, à média dos relógios atómicos. Apesar de a hora mudar em certos países, a hora UTC mantém o seu batimento constante, ao contrário “da hora local civil que parte de questões políticas”, diz Rui Agostinho.

meridiano de Greenwich – uma linha imaginária vertical que se estende de um pólo ao outro do planeta – é, por convenção, aquele em que a longitude corresponde a zero, dividindo o globo terrestre em oriente e ocidente. Esta escolha esteve relacionada com o “maior tráfego de mercadorias em Inglaterra na altura [1884] e à utilização dos almanaques náuticos do Observatório Real de Greenwich”, refere Rui Agostinho, explicando que apesar de se ter deixado de usar a GMT e passado a usar a hora atómica, o meridiano de referência continuou a ser o mesmo.

São mais os países que não alteram a sua hora do que aqueles que o fazem. O director do OAL refere que o “ajustamento é mais sentido de acordo com a latitude em que se está”, razão pela qual nas bandas equatoriais não existe diferença na mudança de horário.

c/ Público | Foto: DR

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