A 9 de Janeiro, a Câmara Municipal de Sines inaugurou as operações de qualificação e expansão nascente da Zona de Indústria Ligeira II (ZIL II), um investimento global de cerca de 7 milhões de euros, apoiado por fundos FEDER, e que, segundo a autarquia do Litoral Alentejano, “vêm dar um novo fôlego à principal área do município para a instalação de empresas”.
“Hoje temos aqui uma nova zona industrial, onde será possível conciliar o pequeno negócio, a pequena empresa familiar, com os grandes negócios. Aliás, são muitas vezes os pequenos negócios que são os fornecedores dos grandes negócios e que são a malha para a nossa economia social em termos de emprego“, disse Ana Abrunhosa, Ministra da Coesão Territorial, que presidiu à cerimónia de inauguração.
Para o presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, os investimentos realizados vêm criar “melhores condições para o desenvolvimento económico, para a competitividade das empresas, para a sua operação, mas também para a melhoria substancial das condições de todos o que trabalham nesta área de localização empresarial“.
“Ao longo destas décadas, a ZIL II sofreu poucas intervenções estruturantes. Em grande parte desta área de intervenção, os estacionamentos eram em terra batida, os acessos eram pouco funcionais para a operação de veículos pesados, os estacionamentos que existiam eram desordenados e, à medida que a ZIL crescia, esses problemas foram-se agravando. Por outro lado, havia ainda uma deficiente ligação entre a zona de localização empresarial e a malha urbana residencial, o que do ponto de vista da funcionalidade urbana, nomeadamente acessibilidades, era igualmente penalizador“, disse Nuno Mascarenhas.
A primeira das duas operações inauguradas, a “Qualificação da ZIL II“, consistiu, essencialmente, na requalificação das duas artérias principais, as ruas 1 e 2, também com uma intervenção na Rua D, melhorando as condições de trabalho de cerca de 500 empresas.
Com esta operação, pretendeu-se, sobretudo, melhorar a circulação automóvel, ordenar e ampliar o estacionamento (com a criação de 575 lugares para veículos ligeiros e cerca de 40 para veículos pesados), renovar a rede de águas e esgotos e enterrar as infraestruturas de electricidade, comunicações e protecção contra incêndios.
Os arranjos exteriores nas zonas intervencionadas, com 2500 m2 de espaços verdes, beneficiaram as condições de mobilidade e acessibilidade e a imagem da zona industrial.
A segunda operação inaugurada, “ZIL II Expansão Nascente“, teve como objectivo criar condições para responder à elevada procura existente por espaços na zona industrial, permitindo, através da sua expansão para nascente, acolher mais de 40 empresas e gerar mais de 400 postos de trabalho.
Expansão e qualificação são para continuar
Como assinalou o Presidente da autarquia de Sines, estas duas operações não esgotam a “ambição” do município relativamente à qualificação da ZIL.
“Os lotes criados com esta fase de expansão já são neste momento insuficientes para dar resposta à procura crescente. Chegam-nos também pedidos de lotes de maior dimensão, lotes para novas áreas de actividade e, previsivelmente, teremos de negociar uma próxima fase de expansão, que já estamos a esboçar. Naturalmente, esperamos que o Portugal 2030 possa dar resposta a essa necessidade“, disse o autarca.
Do ponto de vista da qualificação, também há aspectos a melhorar. Por exemplo, referiu Nuno Mascarenhas, “para um melhor ordenamento do tráfego pesado, mas também da acessibilidade em geral, urge fazer uma ligação entre a ZIL II e a zona comercial, estendendo-a até à rotunda da saída sul de Sines, junto ao terminal XXI, maximizando assim o potencial do próprio porto e da zona industrial“.
António Ceia da Silva, Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDR Alentejo), entidade gestora do programa operacional Alentejo 2020, destacou precisamente a complementaridade entre os investimentos nas zonas de indústria ligeira e os grandes projectos estruturantes para o país localizados em Sines.
“Não basta ter o porto e a noção de que pode ser um dos melhores da Europa. É necessário também fazer zonas de indústria ligeira, fazer a reabilitação que permite que pequenas e microempresas se instalem aqui com dignidade. Vemos fotografias de como estava antes e de como está agora. E há de facto uma diferença. É isto que faz com que as empresas venham para os locais e que os recursos altamente qualificados venham trabalhar para Sines. Estas obras são a prova inequívoca de como se podem gastar bem os fundos estruturais”, disse o Presidente da CCDR Alentejo.
A operação “Qualificação da ZIL II” teve um investimento elegível de 5.725.625,36 €, cofinanciado à taxa de 85% pelo programa operacional Alentejo 2020 / Portugal 2020, com fundos FEDER / União Europeia, o que se traduziu numa contribuição comunitária de 4.866.781,56 €.
A operação “ZIL II Expansão Nascente” teve um investimento elegível de 1.431.760,46 €, cofinanciado à taxa de 85% no âmbito do programa operacional Alentejo 2020 / Portugal 2020, com fundos FEDER / União Europeia, o que se traduziu numa contribuição comunitária de 1.216.996,39 €.
Foto: Município de Sines