

Nos próximos dias 13 e 14 de Junho, tal como o Ardina do Alentejo oportunamente noticiou aqui, o Colectivo Cultura Alentejo (CCA) apresenta, no palco do centenário Teatro Bernardim Ribeiro, em Estremoz, a sua mais recente produção, “A Novela”.
Quisemos saber mais sobre este espectáculo que promete esgotar o Teatro Bernardim Ribeiro, e por isso mesmo estivemos à conversa com Cláudio Henriques, actor e encenador do Colectivo Cultura Alentejo. Mas fizemos também o balanço destes praticamente cinco anos de actividade do CCA e falámos sobre os projectos que estão na calha da companhia residente da mais emblemática sala de espectáculos estremocense.
Ardina do Alentejo – Como definirias o espectáculo “A Novela”?
Cláudio Henriques – Este espectáculo é o reflexo e uma reflexão sobre os tempos actuais, sobre os nossos dias.
Ardina do Alentejo – Quem se deslocar ao Teatro Bernardim Ribeiro nos dias 13 e 14 de Junho, o que é que vai encontrar?
Cláudio Henriques – Vai poder assistir a um evento único, onde há muito entretenimento e diversão! Mais não podemos/devemos desvendar!
Ardina do Alentejo – Que balanço fazes destes praticamente cinco anos de Colectivo Cultura Alentejo?
Cláudio Henriques – É sem dúvida alguma um balanço muito positivo. Quem estiver atento ao trabalho que temos desenvolvido concordará.

São 11 novas peças, espectáculos, que levámos a cena até este momento. Levámos o que se faz a nível de teatro em Estremoz, no Alentejo, a outras localidades do país, e temos mais dois espectáculos em pré-produção, ainda para este ano de 2025. Ou seja, em cinco anos de actividade desenvolvemos e criámos 13 espectáculos até ao fim de 2025. Não conheço muitas companhias com este ritmo de trabalho.
Vamos estar no Teatro do Bairro com um espectáculo nosso. Uma companhia de Estremoz estará numa das principais salas de espectáculos do país. Sentimos um grande orgulho por esta conquista, e eu reforço: é resultado de muito trabalho de todos os envolvidos.
Temos tido muitos alunos nas nossas Oficinas de Teatro, em Estremoz, ao longo destes anos. Abrimos também este ano mais uma Oficina de Teatro para jovens, em Monforte. Temos desenvolvido todos os anos residências artísticas gratuitas, com artistas convidados que todo o público conhece. Temos tido salas praticamente sempre esgotadas aquando dos nossos espectáculos, o que expressa que existe criação de público, que demonstra que existem pessoas a assistir e a querer teatro em Estremoz. Temos tido a possibilidade e vontade de participar em inúmeras acções junto da comunidade, com leituras de poemas, ATL’s, AEC’s, datas comemorativas… Tem sido um gosto imenso desenvolvermos este trabalho em Estremoz.
Vamos trabalhar para que cada vez mais pessoas vão ao teatro, e que vejam que o teatro, seja em cima de palco ou no público, é um acontecimento muito bom, prazeroso, divertido e que pode ser muito emocionante!
Cláudio Henriques, encenador e actor do Colectivo Cultura Alentejo
Ardina do Alentejo – E que projectos tem o CCA para o futuro?
Cláudio Henriques – Temos como principais objectivos continuar o nosso trabalho, desenvolvermos co-produções com outras companhias nacionais, aumentar os locais aos quais levamos os nossos espectáculos, a nossa digressão, e levar a criação artística que se desenvolve em Estremoz a outros locais. Vamos trabalhar para que cada vez mais pessoas vão ao teatro, e que vejam que o teatro, seja em cima de palco ou no público, é um acontecimento muito bom, prazeroso, divertido e que pode ser muito emocionante!
Cartaz e foto: DR