Naquela que foi a etapa mais longa da edição de 2025 da “Alentejana”, que ligou Carvalhal, no concelho de Grândola a Arraiolos, numa tirada com a distância de 180 quilómetros, a vitória voltou a pertencer ao britânico Noah Hobbs, da EF Education/Aevolo, que com esta conquista na “Capital do Tapete” repetiu o triunfo de Moura, reforçando assim a liderança na prova.
A etapa foi um verdadeiro mano a mano entre o Camisola Amarela Hobbs e o argentino German Nicolas Tivani, da Aviludo/Louletano/Loulé Concelho, já que o sul-americano ganhou a Meta Volante de Alcácer do Sal e o britânico foi segundo, mas na chegada a Arraiolos os lugares inverteram-se.
À partida para esta terceira etapa, a diferença entre os dois corredores era de três segundos, mas após os 180 quilómetros da tirada, a diferença passou a ser de 12 segundos, com o britânico a tornar-se na grande figura da “Alentejana”. Quem já está a 18 segundos da liderança é o italiano Davide Stella, vencedor da segunda etapa, em Grândola.
A tirada ficou marcada por uma fuga de três corredores, Patrick Casey, da Israel Premier Tech Academy, Sergio Geerlings, da Caja Rural/Alea e Jesus Peña, da AP Hotels & Resorts/Tavira/SC Farense, que durou 131 quilómetros, e que só viria a ser anulada a 16 quilómetros de Arraiolos, depois da escapada ter tido 4’25” segundos de vantagem, quando estava percorrido um terço da etapa. Durante largos quilómetros, Sérgio Geerlings foi Camisola Amarela, já que à partida do Carvalhal o ciclista espanhol estava a 16 segundos de Hobbs e pelo meio ainda somou bonificações nas metas volantes, mas também ele sucumbiu à velocidade da equipa da EF Education/Aevolo.
Quem também deu uma excelente resposta e reforçou a liderança no Prémio da Montanha, foi Pedro Pinto, da Efapel Cycling, ao ganhar a contagem de 4ª categoria que estava instalada a 2,4 quilómetros da chegada. Mas a Anicolor/Tien 21 testou a liderança de Noah Hobbs com um ataque do francês Alexis Guérin na parte final da etapa, deixando tudo em aberto para a etapa deste sábado, onde certamente irá ter lugar uma grande luta pelo triunfo na Volta ao Alentejo.
Quem também está à espreita de uma oportunidade é o segundo classificado da Volta a Portugal de 2023 e vencedor do contrarrelógio de Viana do Castelo e da ascensão ao Alto de Santa Luzia. Txomin Juaristi é 13º classificado, a 27” da liderança e a Euskaltel/Euskadi está muito forte em seu redor.
Está tudo em aberto para a etapa que termina em Castelo de Vide, com seis contagens para o Prémio da Montanha no menu, com as hostilidades a começarem no Cabeço do Mouro, em Portalegre.
No final da etapa, o Camisola Amarela Noah Hobbs mostrou-se feliz e disse que “Está a ser uma corrida excepcional. Os segundos de vantagem poderão ser suficientes para ganhar a volta, já que as montanhas também são o meu terreno”.
A quarta etapa, aquela é considerada a etapa rainha da Volta ao Alentejo, liga este sábado, Monforte a Castelo de Vide, na distância de 147,7 quilómetros, com metas volantes em Arronches, Portalegre e Castelo de Vide, e com seis contagens de montanha, uma de 2ª categoria, no Cabeço do Mouro, e cinco de 3ª categoria, na Serra de São Mamede, no Porto da Espada, em Marvão e nas duas passagens pela Serra de São Paulo/Senhora da Penha, estando a chegada à “Sintra do Alentejo” prevista para as 15:39 horas.
com Podium Events | Foto: Matias Novo
