Com 22 anos, André Mourinha pratica padel há três. O estremocense iniciou-se na modalidade quando se mudou para Lisboa para frequentar a universidade. Os seus colegas do curso de Gestão de Marketing tinham o hábito de jogar e convidaram-no a experimentar.
Naquela altura, não imaginava que viria a ter o seu próprio clube de padel, mas é exatamente isso que está prestes a acontecer. Embora a data de abertura do Villa Padel, localizado em Arcos, freguesia do concelho de Estremoz, ainda não esteja definida, André está certo de que será até ao final de 2024.
“Este é um projeto a quatro mãos: é do meu pai, da minha mãe, meu e da minha irmã”, começa por contar à NiT. Há cerca de um ano, surgiu a ideia de criar uma empresa familiar dedicada a uma modalidade em rápido crescimento no país. Durante uma conversa em família, reconheceram que a modalidade tinha cada vez mais destaque, mas ainda não estava desenvolvida na região de Estremoz.
“Ao analisar a situação, identificámos a falta de um pavilhão desportivo para a prática desta modalidade na nossa área. Os clubes mais próximos ficam em Évora ou Elvas, o que obriga as pessoas a percorrerem longas distâncias para jogar. Decidimos então agir e oferecer uma alternativa mais acessível aos praticantes deste desporto”, acrescenta.
A escolha da localização foi muito simples. A família já possuía o pavilhão onde está a nascer o novo Villa Padel. “O meu pai tinha feito um investimento há algum tempo, ao decidir comprar aquele lote de terreno. Depois mandou construir a estrutura, mas estava vazia, à espera de uma oportunidade de negócio. Demorámos a encontrar o conceito ideal, mas sem dúvida que valeu a pena a espera”.
Uma vez que já tinham o espaço, o processo foi bastante tranquilo. Começaram a idealizar tudo com calma, até porque esta é uma novidade para os quatro: não têm formação na área e exercem profissões bastante distintas. O pai vive da metalomecânica, a mãe é funcionária de um lar e a irmã mais nova tem apenas 18 anos e está prestes a ingressar no curso de arquitectura.
“Sabemos que foi um risco porque nenhum de nós está por dentro deste mundo, mas estamos muito focados e acreditamos que, com vontade de aprender e evoluir, tudo se desenvolve. Apesar de já termos os campos montados, sou o único da família que alguma vez jogou padel. Mais ninguém experimentou, mas espero que possamos fazer uma partida todos juntos em breve”, conta André entusiasmado.
Quando decidiu avançar com o Villa Padel, André pediu conselhos à sua actual chefe, pois ela e o marido já possuem um clube em Lisboa. O casal disse-lhe o que precisavam saber para impulsionar o projecto, que embora esteja localizado numa cidade pequena e menos populosa, acreditam que será um sucesso e atrairá atletas das redondezas.
Sabemos que foi um risco porque nenhum de nós está por dentro deste mundo, mas estamos muito focados e acreditamos que, com vontade de aprender e evoluir, tudo se desenvolve. Apesar de já termos os campos montados, sou o único da família que alguma vez jogou padel. Mais ninguém experimentou, mas espero que possamos fazer uma partida todos juntos em breve.
André Mourinha
O complexo, totalmente coberto, tem mais de 1500 metros quadrados e quatro campos (em tons de azul, com os detalhes das estruturas em ferro preto). A decoração dos espaços sociais, será à base de materiais como a madeira e cores pastel, como o verde e o creme. “Essa parte foi a minha irmã que tratou, ela é apaixonada por design e foi ela mesma que desenhou o logótipo, também nessas tonalidades”.
Acima de tudo o que os proprietários desejam é que o espaço reflicta uma atmosfera familiar, pois foi dessa forma que tudo começou. “Gosto de dizer que foi construído por uma família para acolher outra família, uma vez que o padel se baseia muito nisso. A maioria dos jogadores valoriza bastante a convivência e as amizades que surgem. Aqui não há competição só diversão, o propósito é passar bons momentos”, sublinha André.
Por esse motivo, no local haverá um bar com esplanada e uma selecção de refeições rápidas, como tostas, snacks e açaí. “Também terá uma grande variedade de cervejas, que é uma parte importante do convívio pós-jogo”.
Além disso, encontrará a zona dos dois balneários – equipados com chuveiros, cacifos, casas de banho e área de vestir – localizada no piso superior do pavilhão, ao lado de uma varanda de onde poderá assistir aos jogos. Na área da recepção, também terá à disposição uma loja que vende equipamento e onde poderá alugar os materiais necessários (como bolas ou raquetes). “Queremos garantir que o clube disponha das melhores instalações possíveis, de excelência, prontas para receber todos os interessados. O objectivo é que os atletas se sintam confortáveis e acolhidos”.
No que diz respeito aos campos, podem ser usados de forma independente, alugados durante um período, ou então para participar em aulas, individuais ou em grupo. O clube terá um horário estabelecido para estas sessões, mas também poderão sugerir outras opções que serão consideradas, caso haja disponibilidade.
O objectivo é ter sempre, pelo menos, um treinador e uma pessoa disponível para ajudar os clientes caso tenham alguma dúvida ou questão. As portas estarão abertas das 10 às 22 horas nos dias de semana, e aos sábados e domingos até à meia-noite.
Caso queira experimentar o Villa Padel (com abertura prevista até final de 2024), saiba que os valores, embora ainda não estejam 100 por cento definidos, serão diferentes para sócios e não sócios do clube. Os preços vão oscilar entre os 8€ e os 12€ euros, para o aluguer do campo, e entre os 20€ e os 22€ por aula.
Com NiT | Fotos: DR