Tendo como principal objectivo “contribuir para a prevenção e o combate aos diversos tipos de burlas”, a Guarda Nacional Republicana (GNR) alerta para a necessidade de “sensibilizar os diferentes públicos-alvo para os diferentes tipos de burla”.
Segundo a força de segurança, em 2022, foram registados pela GNR, “17.969 crimes de burla”, com predominância para as burlas informáticas e nas comunicações, “com 6.518 ocorrências” e para as burlas com fraude bancária, “com 2.630 registos”.
Tomando como base os números divulgados pela GNR, podemos constatar que no ano de 2023 verificou-se um aumento face ao ano transacto, na ordem dos 19,9%, registando-se “21.548 crimes de burla”, destacando-se as burlas informáticas e nas comunicações “com 7.303 ocorrências” e as burlas com fraude bancária “com 3.079 registos”.
Olhando apenas para os números registados nos três distritos alentejanos, verifica-se um aumento nos registos de crimes de burla, à semelhança do que aconteceu a nível nacional.
No distrito de Beja, foram registados, em 2022, 384 crimes de burla, enquanto em 2023, foram denunciados 459 crimes de burla, o que se reflecte num aumento de 19.7%.
No distrito de Évora, foram registados, no ano de 2022, 309 crimes de burla, enquanto no ano de 2023, foram alvo de denúncia 383 crimes de burla, um aumento de 24%.
No distrito de Portalegre, foram registadas, no ano de 2022, 270 ocorrências envolvendo os crimes de burla, enquanto em 2023, foram registados 365 crimes de burla, um acréscimo de 35.2%, claramente acima da média nacional.
Segundo a GNR, “pese embora existam ocorrências dispersas por todo o território nacional, os distritos do Porto, Setúbal e Lisboa foram os mais afectados, em ambos os anos”.
Pelo que foi apurado pela força de segurança, “as ocorrências com mais incidência dizem respeito ao modo de actuação de compra e venda de bens, MB Way e publicações na Internet”.
Atenta a este tipo de ocorrências, a Guarda Nacional Republicana reforça que, numa situação de compra e venda, deverá estar particularmente atento:
• Não aceite métodos de pagamento que desconhece nem siga instruções de estranhos;
• Informe-se primeiro sobre qualquer serviço novo de pagamento junto do seu banco;
• Nunca adicione/associe um número de telemóvel que não seja o seu ou que desconhece a serviços bancários;
• Não forneça dados confidenciais ou pessoais via correio electrónico ou SMS;
• Não siga ligações recebidas via correio electrónico ou SMS;
• Verifique o extracto da sua conta bancária com regularidade.
Em comunicado enviado às redacções, a GNR alerta que “em caso de burla, a vítima deverá denunciar o crime ao posto policial da área de residência, por forma a que se consiga adequadamente monitorizar e melhor gerir os recursos disponíveis”. A queixa poderá ainda ser apresentada por via eletrónica, utilizando a plataforma digital constante no endereço https://queixaselectronicas.mai.gov.pt.
A GNR reforça que “a denúncia deste tipo de crime é fundamental para auxiliar à sua monitorização”.
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