Foi encontrado sem vida, na manhã deste sábado, 14 de Agosto, numa cela do Estabelecimento Prisional de Beja (EP Beja), um recluso de 72 anos. O homem encontrava-se a cumprir uma pena de prisão de nove anos, por um crime de homicídio qualificado na forma tentada.
Foi cerca das 08 horas da manhã, e numa altura em que que eram abertas as celas para os reclusos tomarem o pequeno-almoço, que os guarda prisionais encontraram Luís Rita, também conhecido como Luís “Água-Doce”.
Ao que foi possível apurar, o corpo estava pendurado numa grade da cela e amarrado a uma ligadura. O médico da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Beja confirmou a morte. Estiveram no EP de Beja, agentes da Esquadra de Investigação Criminal da Polícia de Segurança Pública (PSP).
O corpo foi removido para o Gabinete Médico Legal do Hospital José Joaquim Fernandes, onde irá ser autopsiado. Segundo o que é avançado pelo Jornal de Notícias (JN), a tese de suicídio poderá sofrer uma reviravolta, visto que existirão ferimentos ligeiros no corpo da vítima, que podem mudar o curso do caso.
O homem sofria de problemas de depressão e estava há algum tempo isolado numa cela, o que contraria a indicação da Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, quanto ao isolamento de presos com depressões.
Em Setembro de 2016, Luís Rita foi condenado a nove anos de prisão, pela tentativa de homicídio de uma vizinha, contra quem disparou dois tiros de caçadeira. O caso remonta a 29 de Outubro de 2015, no Bairro das Saibreiras, em Beja.
O arguido chegou a tribunal acusado dos crimes de homicídio qualificado na forma tentada e detenção de arma proibida, tendo sido condenado a oito anos pelo primeiro dos crimes e a mais dois pelo segundo crime, o que lhe valeu um cúmulo jurídico de nove anos.
Há mais de uma década que não ocorria uma morte no interior do Estabelecimento Prisional de Beja.
c/ Teixeira Correia e Jornal de Notícias