Em entrevista ao Jornal das 8, na TVI, o Primeiro-Ministro revelou que “até ao próximo dia 8 de Outubro”, todos os pensionistas da Segurança Social (SS) receberão pensão e meia, e que “no dia 19 de Outubro” o mesmo acontecerá com todos os pensionistas da Caixa Geral de Pensões.
António Costa garantiu ainda que nenhum pensionista vai ficar a perder comparativamente com os restantes portugueses que vão receber os já famosos 125 euros, um apoio destinado a não pensionistas com rendimentos mensais brutos até 2.700 euros. O Chefe de Governo acrescentou que “creio que não há nenhuma pensão em que o suplemento extraordinário seja inferior aos 125 euros”, salientando ainda que “não há truque nenhum”, mas sim “um suplemento extraordinário que pagamos em Outubro”.
“O que não poderíamos fazer de forma responsável era ter um ano de inflação absolutamente extraordinário e atípico, como este, e transformá-lo num efeito permanente”, disse António Costa, que insistiu ter sido muito “claro” na sua intervenção sobre pensões ao garantir que “até ao final de 2023, os pensionistas recuperarão o poder de compra face à inflação deste ano”.
Em relação ao ano de 2024, o Primeiro-Ministro foi muito claro, afirmando que não se vai “pôr neste momento a discutir qual vai ser o aumento em 2024”.
Ainda durante a entrevista realizada no Palácio de São Bento e conduzida por José Alberto Carvalho e Pedro Santos Guerreiro, António Costa revelou que o Governo apresentou uma proposta à Assembleia da República (AR) que “será discutida na próxima sexta-feira, para fixar o montante do aumento das pensões para 2023”. “Se nós aplicássemos sem mais a lei, sem esta alteração que vamos propor à AR especificamente para 2023, nós introduziríamos como um acréscimo permanente no sistema de pensões mais dois mil milhões de euros”, afirmou o Primeiro-Ministro, voltando a referir-se à necessidade de assegurar a estabilidade da Segurança Social.
O Chefe de Governo referiu que “desde 2015”, o Governo socialista conseguiu acrescentar 26 anos à sustentabilidade da Segurança Social, mas se esses dois mil milhões se tornassem um valor permanente – na aplicação estrita da lei, em 2023 –, “o país perdia 13 anos de pensões”. Para António Costa “isto não seria justo, equilibrado e responsável”.