É urgente travar os números alarmantes de casos de Covid-19 em Portugal.
Por essa razão, o Governo deverá decretar confinamento geral esta quinta-feira, dia 10 de Janeiro. O Presidente da República admite que o aligeirar de medidas sanitárias no Natal falhou e não resta outra alternativa.
No debate das Presidenciais 2021, com a candidata Ana Gomes, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que “falei num pacto de confiança com os portugueses e o pacto de confiança não funcionou. É um facto e eu assumo essa responsabilidade, sem problema nenhum, por mim, pelo Governo, e por todos os que intervieram. Agora temos é de olhar para o futuro e em relação ao futuro eu penso que não há alternativa ao confinamento geral”.
A decisão só será tomada depois da reunião de terça-feira, com os especialistas de saúde, no Infarmed, onde Presidente da República, Governo e candidatos presidenciais vão saber em pormenor a situação epidemiológica do país.
Quarta-feira a Assembleia da República aprova a autorização para que Marcelo Rebelo de Sousa assine um novo Estado de Emergência. Nesse mesmo dia há Conselho de Ministros onde serão decretadas as medidas concretas do novo confinamento.
“É um confinamento muito próximo daquele que existiu durante os meses de Março e Abril, garantindo, em principio, que não fecharemos nada que não tivesse sido fechado. A verdade é que cada um de nós deve tomar medidas desde já. Não é necessário ficarmos à espera que saia um novo decreto, quando sabemos que face a estes números é nossa obrigação protegermo-nos” disse a Ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, em conferência de imprensa.
A maioria do comércio vai fechar. Os restaurantes deverão funcionar em regime de take-away. Farmácias e supermercados estarão abertos, com a garantia de que não irão faltar bens essenciais.
Mas haverá algumas diferenças neste confinamento, desde já porque no dia 24 de Janeiro prevê-se liberdade de circulação para votar nas Presidenciais.
Por decidir está ainda se o ensino será presencial. Igualmente durante o debate para as Presidenciais, com Ana Gomes, na RTP, Marcelo Rebelo de Sousa salientou que “o grupo de menor risco é o das escolas”. O Presidente da República afirmou ainda que “essa matéria ainda vai ser ponderada. Não está decidida”.
O Primeiro-Ministro António Costa já disse que a intenção é manter as escolas abertas. O Governo considera que os alunos estão em segurança sanitária nas aulas e desta forma não prejudicam as aprendizagens.
Falta saber, ao certo, quanto tempo irá durar o novo confinamento.
c/ Maria Viegas - TVI