…hoje pensei em vários temas para refletir neste meu “Encontro com Freud” e dei por mim a pensar, tão somente no “outro”, aquele com quem me relaciono, seja o que for, seja quem for, amigos, marido, namorado, namorada, mulher, filhos, conhecidos, colegas, professores, alunos, pais, avós, tios, primos… e muitos mais provavelmente que vão cruzando as nossas vidas… O que fazemos nós por estas relações, como as alimentamos, de que forma as deixamos morrer, o que esperamos de todos e de cada um?... Somos exigentes no que toca ao afeto, reconhecimento, preocupação, segurança, cuidado e tantos outros “sentires” do “outro” em relação ao “eu” e muitas vezes esquecemos que, tendo todos esta condição inalterável que é Ser Humano, procuramos e exigimos do “outro” o que o “outro” inevitavelmente procurará no “eu”.
Todos gostamos de ver reconhecido o nosso papel, seja ele qual for, na família, no emprego, no grupo de amigos, interessante, o “outro” também. Todos gostamos de ouvir o quanto somos amados, desejados e queridos, curioso o “outro” também. Todos procuramos o melhor para nós e para os nossos, coincidência, os “outros” também.
Todos gostamos de ver reconhecido o nosso papel, seja ele qual for, na família, no emprego, no grupo de amigos, interessante, o “outro” também. Todos gostamos de ouvir o quanto somos amados, desejados e queridos, curioso o “outro” também. Todos procuramos o melhor para nós e para os nossos, coincidência, os “outros” também.
Afinal, não seremos assim tão diferentes…
Pais, Educadores, Professores, Técnicos e Sociedade em geral, é preciso construir modelos se queremos perpetuar nas nossas crianças e jovens o melhor que temos. É nossa responsabilidade, é nosso dever. Não fiquemos à espera que por um “ato de magia” eles aprendam e interiorizem a sociedade com que sonhámos amanhã. É preciso dizer “Bom dia” primeiro para que ao fim de um tempo ouçamos do outro lado um “Bom dia” de volta. É preciso valorizar e reforçar para que os mais novos possam reconhecer o seu próprio valor mas também os dos “outros”. É preciso verbalizar o “sentimento” em relação aos que nos são queridos para que os jovens facilmente possam expressar o que sentem e o que pensam. É preciso evidenciar o respeito pelo próximo, ainda que não estejamos em concordância, seja ela de que ordem for, para que os mais novos aprendam a respeitar a si mesmo e o “outro”.
Será difícil?... Talvez… Impossível?... Claro que não.
Podemos começar desde já a “treinar”, “eu” com os “outros”.
* Psicóloga Helena Chouriço