No ano em que se celebram 50 anos sobre a Revolução dos Cravos, a Associação Conquistas da Revolução (ACR) tem o desejo de inaugurar um monumento de homenagem a Vasco Gonçalves, tendo encomendado a obra ao conceituado e galardoado arquitecto Álvaro Siza Vieira.
O Coronel Baptista Alves, Presidente da ACR, durante a apresentação do projecto artístico, ocorrida em Lisboa, a 5 de Outubro, considerou que “o monumento já existe, porque do génio de Álvaro Siza já nasceu”, acrescentando que este “já é património cultural e político de todos nós, gente de Abril”.
A ACR pretende que a escultura seja inaugurada a 25 de Abril de 2024, na Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa, apesar de não existir ainda o aval da autarquia lisboeta.
A escultura, que representa uma figura humana com os braços apontados ao céu, terá três metros de altura, pesará cerca de 400 quilos e será elaborada em Mármore de Estremoz.
A primeira imagem da estátua foi apresentada pela vereadora comunista Ana Jara, em Maio passado, durante uma reunião pública do Executivo Municipal lisboeta.
Para esta edificação está já em curso uma angariação de fundos, que vai fazer face às despesas do projecto, e caso os valores doados sejam superiores aos encargos, o excedente irá reverter para a Voz do Operário.
Vasco Gonçalves foi militar, intimamente ligado ao Movimento das Forças Armadas e aos acontecimentos que culminaram com a Revolução dos Cravos, assumiu diversos cargos políticos após o 25 de Abril de 1974, durante o período do Processo Revolucionário em Curso (PREC).
Foi quatro vezes Primeiro-Ministro em governos provisórios, entre 17 de Julho de 1974 e 8 de Agosto de 1975, tendo integrado ainda o Conselho da Revolução.