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Mariana Mortágua anuncia que não será recandidata à liderança do BE

Mariana Mortágua anunciou que não vai recandidatar-se à liderança do Bloco de Esquerda (BE).

Numa carta enviada aos militantes do partido, à qual a Renascença teve acesso, a actual líder bloquista refere que não disputa a coordenação do partido na próxima convenção do BE, que se realiza entre 29 e 30 de Novembro.

Mortágua assume que o espaço eleitoral do BE reduziu-se e a renovação que fez no partido “não se revelou suficiente para relançar” a sua intervenção social.

A política, como a vida, somos nós e as nossas circunstâncias. Nestes dois anos e meio, a precipitação de sucessivas campanhas eleitorais tirou espaço e tempo à nossa reflexão interna e prejudicou uma transformação efectiva do funcionamento do Bloco. A direcção por mim encabeçada foi incapaz de inverter a excessiva centralização da estrutura do Bloco e gerar um novo impulso político e eleitoral. Bem sabemos das empenhadas campanhas de ódio dos nossos adversários, mas o certo é que não conseguimos neutralizá-la“, considera.

Por isso, Mariana Mortágua decide não recandidatar-se, referindo que se trata de uma escolha que faz com “tranquilidade“. Para a actual líder, o BE “beneficiará de ter, na coordenação e no parlamento, pessoas com melhores condições do que aquelas que hoje tenho para dar voz ao partido“, antecipando assim que também abdicará do mandato de deputada.

A esquerda em geral – e o Bloco em particular – atravessa um período difícil e não é só no nosso país. No Bloco, temos orgulho em juntar diferentes gerações, experiências e sensibilidades que são parte essencial da luta popular em Portugal, nos combates do trabalho, da casa, contra as guerras e pela autodeterminação dos povos do mundo“, considera.

Estes são os tempos que nos toca viver e o Bloco tem a história, as ideias, a coerência e a militância para os enfrentar e para surpreender mais uma vez quem se assanha para nos atacar. Não temos medo e venceremos os novos fascistas e toda a opressão com a força da ideia socialista. Serei parte desse caminho, como sou há quase vinte anos. Confio neste partido, na gente que o faz. Conta comigo“, conclui a nota aos militantes.

com Rádio Renascença | Imagem: DR

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