Existem três domínios da energia que estão umbilicalmente ligados e que devem estar no centro das nossas preocupações:
1 - As alterações climáticas;
2 - A aposta nas energias renováveis.
3 - As redes europeias de energia.
1 - As alterações climáticas já fazem parte da nossa realidade. A grande discussão da atualidade é como travar o aquecimento global. O planeta sofrerá mais se os termómetros subirem mais de 2º até 2100.
E Portugal é um dos países mais vulneráveis.
As pessoas recordam-se com mais facilidade das alterações climáticas quando o mar lhes entra pela porta, destruindo os seus bens e deixando praias devastadas. Quando chuvas se tornam violentas e transformam as ruas em rios, as pessoas ficam mais despertas para o problema. Os grandes incêndios são mais um fator a juntar a toda esta dimensão das alterações climáticas.
Evidentemente que a culpa não é só das alterações climáticas.
Mas é sempre o Homem o grande responsável!
Hoje sabemos, com base nas informações dos cientistas mais credíveis, que os fenómenos extremos vão agravar-se no futuro.
Por isso, é arriscado reduzir os níveis de investimento (através dos fundos estruturais) no combate às alterações climáticas. A Europa deve continuar a ser o bom exemplo, não deve dar sinais errados!
Por isso, é arriscado reduzir os níveis de investimento (através dos fundos estruturais) no combate às alterações climáticas. A Europa deve continuar a ser o bom exemplo, não deve dar sinais errados!
2 - Portugal é efetivamente um país que tem apostado nas energias renováveis.
O esforço europeu nas energias renováveis deve ser reforçado. Esta é, sem dúvida, uma opção económica racional, numa perspetiva de médio e longo prazo. No imediato, existem novas oportunidades de mercado ligadas às tecnologias de baixo carbono que devem ser fortemente exploradas.
Mais do que apostar na produção é fundamental democratizar o consumo. Tornar o consumo, a utilização das energias limpas e das suas tecnologias, pelo cidadão comum, a preços razoáveis, deve ser considerada como uma aposta civilizacional pela União Europeia.
3 - Sobre as redes europeias de energia, não podemos esquecer os fundamentos do projeto europeu. A Energia está na sua génese. Também a energia garantir à Europa níveis de competitividade elevados, promovendo fortemente os níveis de convergência entre as diferentes nações.
Acabar com muitos dos “muros” europeus, tais como: a eliminação de obstáculos à interconetividade das redes europeias; garantir a diversidade das fontes de abastecimento; redução de custos por forma a promover a competitividade.
Estas devem ser consideradas prioridades nacionais e europeias.
* Deputado António Costa da Silva